As inovações tecnológicas são desenvolvidas com o intuito de facilitar e aumentar a eficiência das atividades humanas. Na área da saúde, isso não é diferente, pois existem diversas técnicas e equipamentos que otimizam os tratamentos e cuidados com os pacientes.Por exemplo, você já ouviu falar em gameterapia aliada à fisioterapia? Com a ajuda de aparelhos e métodos inovadores, as sessões fisioterápicas podem ser mais interessantes para os pacientes e, consequentemente, mais eficientes.Para saber mais sobre o assunto, continue a leitura. Neste post, você entenderá como a gameterapia se relaciona com a fisioterapia e conhecerá os benefícios dela para os idosos.Vamos lá?
O que é a gameterapia?
Antes de entender a relação e os benefícios da gameterapia aliada à fisioterapia, é importante compreender o conceito dessa técnica. Na prática, a gameterapia é um método que utiliza os jogos eletrônicos para prevenir e tratar condições de saúde.Ela surgiu em 2006, no Canadá, e desde então atraiu adeptos em todo o mundo, além de profissionais de diversas áreas. Isso porque a gameterapia tem como diferencial ser dinâmica e divertida, fazendo os pacientes se sentirem mais interessados no tratamento.Além disso, a gameterapia ajuda a desviar o foco da dor do paciente, deixando as sessões mais cômodas, confortáveis e agradáveis. Ela também estimula o paciente a ter uma vida mais ativa — especialmente os idosos. No entanto, o método pode ser aplicado a todas as faixas etárias.Como funciona a gameterapia?
Agora que você sabe o que é a gameterapia, é fundamental aprender como ela funciona. Como você viu, ela é aplicada com o auxílio de dispositivos eletrônicos. Assim, existem diversas possibilidades para utilizá-la.Uma delas é por meio da realidade virtual — técnica que imerge o indivíduo em um ambiente digital. Para isso, são usados equipamentos tecnológicos, como óculos específicos. No caso da gameterapia, as imagens utilizadas no tratamento podem ser desenvolvidas especialmente para esse fim.Outra técnica de gameterapia é a exergames, que é a junção de exercícios e games. Para isso, ela utiliza aparelhos de jogos eletrônicos que captam os movimentos por meio de sensores, como Nintendo e Xbox.Nesse caso, os movimentos do personagem do jogo espelham os gestos do indivíduo. Assim, o paciente pode interagir com os ambientes propostos, como em jogos de tênis, dança, corrida etc.Qual é a relação da gameterapia com a fisioterapia?
Você já sabe que a gameterapia é utilizada nos tratamentos de saúde. Dessa forma, ela se relaciona com a fisioterapia porque pode ser uma aliada nas sessões fisioterápicas. Nesse caso, a terapia com jogos eletrônicos torna a reabilitação de movimentos mais interessante para os pacientes.Por exemplo, considere uma pessoa idosa que realizou uma cirurgia para colocação de uma prótese de fêmur e precisa treinar a sua marcha com fisioterapia. Nesse contexto, o estúdio pode ser um local onde o paciente pode não se sentir seguro por falta de familiaridade com o espaço.Com a gameterapia e a utilização da realidade virtual, é possível inserir a pessoa idosa em um cenário mais familiar. Para tanto, pode-se utilizar imagens de um lugar que ela gosta ou deseja conhecer. Assim, o paciente pode se sentir mais à vontade e estimulado a andar.A gameterapia também pode ser aplicada no caso de um idoso esportista. Imagine um jogador de tênis com uma lesão de cotovelo em recuperação. Em vez de realizar o movimento simulando o jogo em sua mente, ele pode jogar uma partida no videogame.Desse modo, a sessão terá a mesma finalidade, mas com o estímulo da competitividade. Essa proximidade com a realidade de uma partida tende a ajudar na aderência do paciente ao tratamento.Quais são as indicações clínicas da gameterapia?
Entendendo a relação da gameterapia com a fisioterapia, é preciso saber quais são as indicações clínicas desse tratamento. Ele pode ser adequado para a recuperação de lesões, condicionamento físico, fortalecimento muscular, reestruturação postural e reabilitação motora, por exemplo.Dessa maneira, a gameterapia pode ser aplicada em pacientes com:- lesões cerebrais;
- paralisia cerebral;
- síndrome de Down;
- problemas cardiopulmonares;
- bursite;
- tendinite;
- lesões musculares;
- pós-cirúrgicos;
- entre outras condições.