O coronavírus gerou uma crise financeira de proporções mundiais. Como a principal medida de segurança contra a doença Covid-19 tem sido o isolamento social, governos em diversos países adotaram determinações para diminuir o contato entre as pessoas.
O Brasil faz parte desse movimento e, em muitos estados, houve fechamento temporário de comércios. A retração econômica é, naturalmente, uma consequência. Afinal, com menos circulação de pessoas a venda de produtos e serviços se torna muito menor.
O cenário é incerto e não está atingindo apenas um setor ou local. Por isso, é preciso saber analisá-lo e se preparar para enfrentá-lo também nos atendimentos de fisioterapia — tanto para profissionais que atendem em clínicas quanto para aqueles que têm o próprio negócio.
Confira nos próximos parágrafos o que pode ser feito para superar a crise financeira nos atendimentos de fisioterapia e manter seu negócio saudável!
Entender o cenário externo
O primeiro passo não só em relação à crise coronavírus, mas em qualquer crise financeira, é entender o que está acontecendo. Ainda que seja necessário planejar mudanças internas no seu trabalho, inicialmente é preciso entender o contexto externo.
Ou seja, sua primeira atitude deve ser a de buscar informações sobre o que causou a crise, como o governo e a sua região estão reagindo a ela e quais são as possibilidades na sua área de atuação.
Por exemplo, uma das principais informações que precisam ser consideradas na questão do coronavírus é a lista de cuidados de higiene e limpeza para evitar a propagação da doença. Logo, decidir sobre a continuidade dos seus atendimentos envolve saber sobre o tema.
Além disso, um dado relevante é que, de modo geral, os governos estão permitindo o oferecimento dos chamados serviços essenciais. Eles podem divergir em cada estado, mas os atendimentos de saúde normalmente estão inclusos.
Isso significa que os fisioterapeutas podem verificar a possibilidade de atenderem seus pacientes, oferecendo o serviço em domicílio com todos os cuidados necessários ou aproveitando outros recursos (como o teleatendimento ou telemonitoramento sobre o qual falaremos ao longo deste post).
Analisar as finanças
Depois de entender o que está acontecendo no contexto mais amplo, é hora de olhar para as suas finanças — as pessoais, no caso de trabalhadores autônomos, ou as da empresa, para os empreendedores.
Aliás, a dica que demos sobre analisar o cenário externo também vale nesse ponto. Os governantes estão desenvolvendo medidas que aliviem a crise econômica e preste suporte a negócios e profissionais. Então, é válido acompanhá-las e verificar se você tem perfil para se beneficiar delas.
Outro cuidado essencial é fazer um mapeamento da sua condição financeira. Verifique, especialmente, como está seu fluxo de caixa e sua reserva de emergência. Em outras palavras: quanto dinheiro há para manter sua vida pessoal e a empresa em tempos críticos.
Ter uma reserva é um grande fator de proteção para períodos nos quais seu faturamento diminua muito ou mesmo fique zerado por algum tempo. Ela facilita a sobrevivência de empresas em momentos de maior dificuldade.
Montar um plano de ação
As duas dicas anteriores permitem que você faça uma espécie de diagnóstico. Avaliando o que está acontecendo a nível regional e nacional e como está a sua situação para encarar o período de crise financeira causada pelo coronavírus.
A partir do que for concluído, é momento de montar um plano de ação. Ele deve continuar incluindo tanto fatores internos quanto externos. Em relação à empresa ou à sua vida profissional, deve-se pensar em como trabalhar os custos e os processos para driblar o desafio econômico.
Em relação ao cenário externo, é importante tentar configurar maneiras de continuar oferecendo serviços ou produtos. Ainda que seja necessário adaptar radicalmente sua forma de trabalho — por exemplo, atuando em nichos que não eram os seus.
Reduzir custos
Quando se fala em crise econômica é impossível deixar de citar a redução de custos. Afinal, se não está entrando tanto dinheiro como de costume, fica muito difícil manter os mesmos gastos que são característicos da rotina normal.
Para elaborar um plano de superação do problema financeiro, avalie com muita atenção os custos que podem ser cortados. Nesse momento, é essencial buscar conhecimento, pois não é simples decidir estrategicamente o que cortar.
Não há receitas prontas para realizar a redução de custos. Cada profissional e consultório precisa considerar o que é relevante no seu próprio caso. A dica é listar seus gastos fixos e variáveis, identificar os essenciais e verificar o que pode ser reduzido ou cortado com menos perdas.
Além de reduzir custos, outra ação financeira que pode ajudar no momento é a negociação com fornecedores e credores. Como a crise tem proporções amplas, muitas empresas e outros profissionais estão dispostos a flexibilizarem para ajudar uns aos outros.
Trabalhar de forma remota
Sem dúvidas, o coronavírus gerou uma crise financeira bastante significativa para negócios que atuam prioritariamente por meio presencial. Ao mesmo tempo, o isolamento social aumentou a demanda de algumas empresas.
Em geral, negócios que funcionam pela internet continuam com saúde financeira em dia ou até mesmo aumentaram suas receitas. Muitos profissionais de saúde não tinham a opção de trabalhar online, mas isso foi temporariamente modificado.
Os fisioterapeutas estão autorizados a realizar teleconsulta, teleconsultoria e telemonitoramento de pacientes. O COFFITO lançou a Resolução nº 516 regulamentando tais alternativas, de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde.
O trabalho remoto permitirá o acompanhamento de qualidade para pacientes que possam ser orientados sem sair de casa, enquanto também se configura como um fator de proteção financeira para os profissionais.
Buscar novas receitas
Períodos de crise trazem a necessidade de resiliência e adaptação. Talvez, seu trabalho rotineiro não se encaixe tão bem nas possibilidades de teleconsulta, mas não é motivo para deixar de utilizar os potenciais da tecnologia.
Reflita sobre as oportunidades de ter fontes de receita diferentes. Por exemplo, explorando um novo nicho de mercado. Diversas pessoas que estão em isolamento social sentirão a necessidade de acompanhamento com fisioterapeutas.
No momento, por exemplo, pessoas com mais de 60 anos demandam maiores cuidados. Aproveite e veja 7 dicas para lidar com pacientes idosos.
Logo, é válido tentar se adaptar ao cenário atual e oferecer serviços diferentes. Além disso, fisioterapeutas empreendedores podem exercer a criatividade para desenvolver novos produtos durante a crise — como consultorias ou cursos para outros profissionais.
Não é fácil encarar o coronavírus e a crise financeira, mas você percebeu como existem várias formas de enfrentar os desafios? Quem precisar solicitar crédito durante o período atual também pode contar com alguns benefícios negociados pelo COFFITO com instituições financeiras.
E você, o que tem feito para superar a crise financeira nos atendimentos de fisioterapia? Deixe seu comentário e compartilhe suas dicas e dúvidas conosco!
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