6 Perguntas que você deve fazer ao seu paciente 60+ em uma avaliação fisioterapêutica

Para garantir um atendimento de qualidade aos pacientes com 60 anos ou mais, o fisioterapeuta gerontológico precisa se apoiar em diversas perguntas ao realizar uma avaliação. Afinal, um tratamento eficiente e que traga benefícios para o paciente 60+ precisa sempre ir além da avaliação fisioterapêutica tradicional.
Faz parte da função do terapeuta analisar se tudo está em harmonia no dia a dia do seu paciente ou se há outros problemas que o incomodam – que nem sempre estão relacionados ao seu estado de saúde.
Por isso, escrevi este artigo para ajudar você, profissional que atua em fisioterapia gerontológica, a fazer as perguntas certas na hora de atender os seus pacientes acima de 60 anos Continue a leitura e saiba mais!
Como fazer um bom atendimento em fisioterapia gerontológica?
Existem diversos fatores que influenciam diretamente na saúde de um idoso. Logo, não adianta fazer perguntas que focam apenas nas dores ou nos problemas médicos seu paciente durante a consulta.
Assim, o fisioterapeuta gerontológico precisa garantir que sua avaliação profissional seja completa, buscando entender as dores físicas e também como está a parte emocional de quem ele está atendendo. É preciso ouvir seus pacientes com atenção e paciência, a fim de entender o que eles estão sentindo.
Procurar compreender como está a vida do idoso, sua relação com a família, como está o trabalho e até a saúde dos familiares pode ser importante para garantir que o tratamento que será oferecido a ele dê os resultados esperados.
Tenha em mente que essas perguntas não serão utilizadas para o tratamento em si. No entanto, essas questões farão enorme diferença no planejamento de um tratamento que realmente atenda às necessidades do seu paciente.
Isso porque todas as situações vivenciadas por uma pessoa podem influenciar ou mesmo ser a causa de dores, incômodos ou de doenças. Lembre-se que você está atendendo um ser humano que, além das dores, tem problemas, sentimentos, dúvidas, medos e dificuldades nas relações sociais e familiares.
Mas afinal, quais são as perguntas que você não pode deixar de fazer ao seu paciente 60+ em uma avaliação fisioterapêutica? Descubra a seguir!
6 perguntas para fazer ao seu paciente 60+ em uma avaliação
Antes de conferir 6 questões que não podem ficar de fora de uma avaliação fisioterapêutica gerontológica, tenha em mente que uma das maiores habilidades que um fisioterapeuta deve ter para atender o público acima de 60 anos é a paciência.
Portanto, sempre deixe seu paciente falar e escute-o com atenção. Uma boa conversa pode lhe ajudar – e muito – a obter informações valiosas para definir o melhor tratamento para o idoso.
Durante esta conversa, algumas informações precisam ser conhecidas pelo fisioterapeuta. Por isso, pergunte ao seu paciente 60+:

1. Como está sua saúde?

A primeira pergunta a se fazer está relacionada às dores que o seu paciente sente e como está sua saúde de forma geral. Se ele falar pouco ou lhe der informações que não ajudam a entender o que se passa com sua saúde, continue perguntando.
Você pode continuar a conversa fazendo algumas perguntas específicas, sempre de forma amigável, para que ele não se sinta incomodado. Experimente:
● perguntar se há algo que o incomoda em relação à saúde. Pode ser desde um incômodo no joelho até uma coceira em alguma parte do corpo, por exemplo;
● perguntar o que ele costuma fazer para movimentar-se e se houve, recentemente ou não, algum tipo de acidente doméstico. Desta forma, você conseguirá identificar se, eventualmente, alguma sequela pode surgir (ou se já existe) decorrente de algum esforço, exercício ou mesmo acidente no dia a dia.

2. Como está a família e o seu relacionamento com ela?

Pergunte, de forma amigável, como está a família do seu paciente, com quem ele mora e até em que tipo de habitação vive – se é uma casa ou apartamento, por exemplo. Pergunte o nome dos familiares e sobre a relação com estas pessoas.
Mas lembre-se sempre de ser amigável e cuidadoso. Assim, aumentam as chances de o seu paciente lhe contar histórias e falar dos últimos acontecimentos que podem estar aborrecendo-o.
Muitas vezes, dores podem ter origem no estresse, na solidão ou na sensação de abandono, por exemplo. Por isso, busque entender como anda a vida de quem visita seu consultório e o relacionamento dele com os familiares – especialmente os mais próximos.

3. Como estão seus exames?

Saiba se o seu paciente faz exames preventivos e comparece às consultas médicas periodicamente.
Pergunte como estão os outros exames, se ele tem tido algum outro problema de saúde física ou até emocional e se está sendo acompanhado por outros profissionais.
Se fizer sentido para o diagnóstico e tratamento fisioterapêutico, vale a pena também solicitar ao idoso eventuais exames realizados recentemente.

4. O que você gosta de fazer?

Saber como é a rotina, quais os hobbies e quais atividades seu paciente realiza é importante para identificar se ele tem uma vida ativa e pratica atividades físicas. Se ele trabalha, pergunte como está o ambiente laboral, quais as preocupações dele e quais tarefas ele desempenha.
Sedentarismo e estresse no trabalho podem afetar a saúde de qualquer pessoa, principalmente de pessoas mais velhas. Por isso, é sempre bom ficar de olho nesses fatores e buscar ouvir tudo o que seu paciente tem a dizer sobre estes assuntos.

5. Quais seus planos para o futuro?

Perguntar sobre os planos para o futuro pode ajudar você a entender possíveis sonhos ou motivações do seu paciente.
Não se esqueça que pessoas motivadas acabam vivendo melhor, pois têm mais vontade de seguir vivendo melhor para realizar cada um dos seus objetivos.

6. Como anda sua alimentação?

A alimentação influencia na saúde de qualquer pessoa. Por isso, não deixe de perguntar ao seu paciente 60+ quais alimentos ele gosta de comer e como são suas refeições no dia a dia.
Procure saber também se é ele quem prepara suas próprias refeições, se conta com auxílio de terceiros, se tem se alimentado bem e se algum alimento tem feito mal a ele.
Todas as informações que você puder colher em sua avaliação fisioterapêutica serão sempre muito úteis para um tratamento mais eficiente.
Observe os sinais
Além destas perguntas, é essencial observar com atenção seu paciente na hora da consulta, desde o momento em que ele chega até o fim do seu atendimento. Afinal, certos sinais podem ajudar você a entender um pouco sobre a saúde física e mental do idoso e ajudar na formulação do tratamento mais adequado para ele.

Identifique o modo como o idoso anda, como se senta e levanta da cadeira, como troca de posição e até como gestiona com os braços ou pernas. Outro ponto a ser observado é a força muscular.

Pessoas com mais de 60 anos podem apresentar pouca força nos braços, tronco e pernas, por exemplo. Fique de olho também na postura – em estado de inércia e também em movimento.

Ao fazer este acompanhamento mais holístico – buscando observar e identificar detalhes da rotina e da realidade do seu paciente – ficará muito mais fácil perceber quais fatores estão ou não influenciando na saúde do seu paciente.

Então não deixe de conversar com seu paciente. Faça perguntas, investigue e observe. Assim, serão muito maiores as chances de garantir a ele um tratamento mais eficiente e muito mais alinhado à realidade de quem está sendo atendido por você.

Ficou com alguma dúvida? Então entre em contato para saber mais sobre o assunto e sobre a fisioterapia gerontológica!

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